O culto é uma cerimônia de reverência ao que é considerado sagrado e, inquestionavelmente, a vida detém esse caráter sacro. Assim, torna-se não só pertinente, mas também imperativo que realizemos uma celebração em honra da existência humana.

Tais celebrações podem ocorrer em uma vastidão de cenários, demonstrando que o sagrado não se encontra limitado a espaços específicos. Seja em uma espera casual numa fila, no ambiente acolhedor de um restaurante, ou em reuniões familiares, a oportunidade para homenagear a vida está constantemente presente.

Recordo que, tradicionalmente, nossos cultos mais memoráveis eram realizados na  churrasqueira. Essas ocasiões eram marcadas não apenas pela degustação de petiscos finamente harmonizados com vinhos selecionados, mas também pelo intercâmbio de ideias e experiências. Tópicos tão variados quanto história, teologia, política, relatos de viagens e reminiscências da juventude eram debatidos, enriquecendo nossa compreensão mútua e fortalecendo nossos laços comunitários.

Em uma era onde o tempo parece escoar com uma rapidez sem precedentes, não devemos postergar tais celebrações. Urge que reconheçamos e valorizemos a vida, aproveitando cada momento para cultivar a alegria, a gratidão e a conexão profunda com os que nos cercam. Por isso, convido a todos para que, juntos, celebremos a vida em sua plenitude.